"NINGUÉM ESTÁ LIVRE DOS DEVANEIOS DE SUA ARTE,
OU DA CHINELADA DA LUCIDEZ ALHEIA." Cleberton O. Garmatz

"Estranhos dias os que vivemos, em que para se destacar em uma área, as pessoas se tornam imbecis nas demais." Cleberton
(Ai dos meus pares, que continuam medíocres em 100% delas...)
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terça-feira, 15 de junho de 2010

Instruções de Navegação

    Seja muito bem-vindo(a), leitor(a)!  Desde já, agradeço pelo tempo que dedicas a estas produções.
    De antemão, lembro que poderás encontrar mais delas ao longo dos "links" (referências eletrônicas dispostas ao longo dos textos, as quais remetem a outras páginas) e, principalmente, no rodapé (no final desta tela encontras a opção "postagens mais antigas", que funciona como se fosse virar a folha de um livro).
   Carpe diem!

CONHEÇA O PODER DE SER FILHO DE DEUS

- O temor ao Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. (Provérbios 1:7)

- O temor ao Senhor é a instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a humildade. (Provérbios 15:33)

“Como Deus é grande! Ultrapassa o nosso entendimento!” (Jó 36:26)

    Quando uma pessoa é sensivelmente influenciada por uma ideia, amiúde, faz-se espontaneamente conhecida por essa característica. Isso ocorre, por exemplo, entre alguns torcedores “mais convictos” dos clubes de futebol. Que ostentam - com orgulho diuturno e inclusive em suas vestimentas rotineiras - a sua afinidade esportiva. Ou então quando nos deparamos com um filme ou livro que tenha causado impacto, tornamo-nos “propagandistas” dele, não é mesmo?

    Algo vagamente parecido pode ser verificado com aqueles que creem em Jesus Cristo, como Filho unigênito de Deus, rei, mestre, guia e suficiente salvador. Ora, é muito simples. Assim se procede com quem verdadeiramente foi modificado por uma experiência reveladora, a qual confronta as convenções humanas e os “valores” do mundo com a graça celestial e suas orientações bíblicas. Os resultados são evidentes e distintos!

    Alguém convertido pelo compromisso cristão não se limita a uma missa ou culto dominical, a uma breve sessão de repetição litúrgica, com preces a ser copiadas pela massa passiva (ao fito de “cumprir o seu dever” para com Deus...). Antes se torna um entusiasta divulgador desse tesouro encontrado, disponível a todos, pela graça.
    Quem realmente se aproxima do Pai deseja apreciá-lO dia a dia, pois leva consigo o templo vivo, isto é, torna o seu espírito uma Casa do Senhor. Cediço que a igreja é a noiva e o corpo de Cristo. Com efeito, fazer parte dessa igreja significa vivenciar os evangelhos; a Bíblia passa a ser o alimento espiritual diário, com avassaladora beleza. Por conseguinte, inevitável que se atribuam características próprias de um crente aos santos (ou seja, separados para Deus, ainda que pecadores, porém arrependidos e envergonhados por seus tropeços; pessoas que tomam posse consciente do perdão pela cruz), para estranheza – e muitas vezes repúdio – das demais almas deste mundo agonizante.

    Aceita uma ilustração prática desse axioma, querido(a) leitor(a)? Observe a festa pagã do CARNAVAL (=”festa da carne”, oriunda de uma orgia pública em celebração aos deuses). Nessa profanação (em que pese contar com a simpatia oficial da sociedade pátria, máxime sob aspectos cultural e econômico), facilmente são encontrados muitos religiosos – v.g., católicos, espíritas, etc. Contudo, dificilmente se achará um crente evangélico inserido em tal negação coletiva dos preceitos bíblicos. Isso é fato.
“Que Amor indescritível, que paz arrebatadora é essa?! Algo como a Terra vista pelo astronauta, o oceano visto pela primeira vez. E muito mais! Essa santidade mansa, amorosa e perfeita é uma explosão silente, segundo a segundo, no coração e nas lágrimas de quem a percebe.”


“Porque Deus é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas” (1 João 3:20)

“Deus é a força do meu coração” (Salmos 73:26)

“Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama.” (Lucas 7:47)

“Os que creem em Deus se empenham na prática de boas obras.” (Tito 3:8)

“O homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo.” (Hebreus 9:27) (Reflitam muito aqueles que acreditam em reencarnações...)

“Essa é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5:4)

“Se alguém está em Cristo, é nova criação.” (2 Coríntios 5:17)

“Escolhi o caminho da fidelidade; decidi seguir as tuas ordenanças.” (Salmo 119:30)

“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus.”(1 Timóteo 2:5) (Reflitam aqueles que idolatram santos e rezam à Virgem...)


Sugestões da semana:
Músicas “Pela Fé” (André Valadão); “Eu Te Amo Tanto” (Irmão Lázaro) e “Eu Sou De Jesus” (Irmão Lázaro). Livro “365 Bênçãos” (Max Lucado, editora Thomas Nelson Brasil).


Igreja Batista Brasileira em Santo Ângelo Tel. 3312-2757

Por que orar?

ORA QUE MELHORA.


Precisa de um milagre em sua vida? Ore e adore!
Creia! A vida humana deve ser mesurada pelo quanto de Deus nela interage!

     O fato de congregar em uma igreja se deve em atenção à ordenança divina, de A) adorarmos a Deus acima de todas as coisas, com todas as nossas forças (conjuntas, pois onde dois ou mais reunidos no nome do Senhor...) + B) amarmos os nossos próximos como a nós mesmos (eklesia= reunião, somatório). Além disso, as Escrituras são claríssimas na afirmação - escorreita e empiricamente comprovada- de que A FÉ PROCEDE DE OUVIR A PALAVRA.

     Orar é conversar. Com Deus. É quando Ele se faz mais presente ainda em nossas vidas. Sem oração, não há comunhão, enfraquecemos o relacionamento entre filhos e o Pai.
Deploravelmente, muitos deixam de comungar no CORPO DE CRISTO (a Noiva amada, sua Igreja), por azo estrutural, i.e., seja por falha humana na liderança (os pastores são pessoas, passíveis de erros, portanto) e consequente decepção (desprovida do sagrado e maravilhoso dever do perdão), seja por descrença na aplicabilidade dos milenares escritos bíblicos.

     Sim, a Bíblia foi escrita empregando-se mãos humanas como instrumento do Santíssimo Espírito Revelador de Deus. Com o passar dos séculos, houve alterações indevidas, contudo, a essência original não se perdeu. E a Verdade jamais foi desmentida.

     Há que se ressalvar, todavia, que a Bíblia é muitíssimo mais complexa do que, de chofre, pode se supor. Ela contém poesia, regras tribais, história, crônicas, orientações espirituais, testemunhos, figuras de linguagem (metáforas, parábolas, simbolismos). Sem observarmos atentamente para o contexto de cada um dos Livros, sem pesquisarmos com profundidade a língua estrangeira empregada originalmente (entre as diversas, como hebraico, aramaico, sânscrito e grego), estaremos nos arriscando a exegeses malogradas, longe de qualquer sindérese razoável.

O Melhor de Mim é ser Cristão

Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal.” (Provérbios 3:7)

    Provérbios, Capítulo Três. Uma das passagens bíblicas que tanto aprecio, por sua beleza e validade axiológica, quando declarado o lirismo e a suavidade de um Pai amoroso. Tal é esse Deus maravilhoso, tão insondável em sua glória e majestade que muitos o relegam, porquanto nos é “invisível”.

    Mas como podem passar despercebidas suas magníficas obras (e, por conseguinte, sua implícita autoria), sendo a maior delas o homem, criatura complexa, por vezes contraditória, que por ser livre é capaz de atos nobres e torpes em uma só existência? Não suficiente, fato mais estarrecedor: Deus abomina o pecado, conquanto ame os pecadores. Não obstante sermos gerados à imagem e semelhança do Perfeito e Eterno, somos limitados e faltosos. Ainda assim, temos a oportunidade de nos arrependermos das transgressões mundanas, reconhecendo em Cristo Jesus o sacrifício de quem tinha e sempre terá o poder da salvação. Dessarte, somos redimidos pelo sangue do Bom Pastor (aquele que dá a sua vida pelas ovelhas).

    Disso, não há meio termo, nem existe nenhuma relatividade: ou cremos nos ensinamentos do Deus Filho, que por amor se fez Verbo (isto é, humanizou-se para entendimento de todo homem e mulher de boa vontade), ou o tornamos um personagem obscuro da História, talvez um líder religioso, figura polêmica e interessante como Buda ou Maomé, apenas.
    Veja, estimado(a) leitor(a), que , dialeticamente, não existe outra vicissitude. Ou existimos sem um sentido, deprovidos de uma perspectiva concreta, ou acreditamos que o Universo e a vida são obras não do acaso niilista, mas de um Deus que se permitiu revelar:  por meio das Escrituras e, no auge do seu amor, tornando-se humano (Jesus Cristo).
   Ou confirmamos Jesus em nossas vidas, confessando nossas imperfeições e reconhecendo nEle o poder para perdoá-las (e vencê-las!) ou o tornamos um mentiroso. Ou seguimos TODOS OS DIAS a Jesus (com seriedade e franqueza), ou somos nós os farsantes. A escolha é de cada um.

IDEAIS

Meu ideal de obediência: (Gênesis 22:8) - E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos.

Meu ideal de santidade: (Gálatas 2:20) - Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.

Meu ideal de amor: (Romanos 12:21) - Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Meu ideal de devoção: (Jó 1:21) - E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.

Meu ideal de fé: (Mateus 8:8) - E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.

- FORÇA PARA CALAR. CORAGEM PARA FALAR. –

(1 João 1:9) - Se confessarmos os nossos pecados,
Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

Old Bones

ENVELHEÇO NA CIDADE

Estou definhando na solidão urbana. Nada sério. Prédios, carros, barulho, multidões. Todos estranhos uns aos outros. Decrépito, reciclo as mesmas coisas, tragédias anunciadas e repetidas à porfia. Meus olhos estão cansados, registros vítreos de um semblante anacrônico. Envelheço sendo surpreendido dia a dia com aquilo que já se tornou trivial.

A Humanidade foi a Lua, separou o átomo, fabricou computadores, desvendou abismos oceânicos, inventou a beleza das Artes. Hoje reeditamos Deus, manipulamos o material genético com extrema desenvoltura. Somos titãs enfurecidos em nossa tecnologia consumista. Com ela, tudo fica obsoleto. Somos heróis proficientes de desafios impossíveis. Brilhantes, apenas não conseguimos ser justos. Inteligentes, criativos. Mas não sábios. Acusam-nos os trilhões gastos em armamento de pulverizar o planeta - “diversas vezes”, como se possível fosse matar muitas vezes o mesmo cadáver. Enquanto deflagramos voluntariamente a agressão suicida contra uma moribunda natureza. A poluição como detalhe do “progresso”.

Simplório ou ingênuo, néscio e  frívolo, hoje sou o óbvio das pessoas descartáveis, resíduos sociais, clientela abjeta do camburão e da pornografia. Coisa comum, incorporada ao cenário feito uma criança ao relento. Um engraxate a dormir no relento das ruas. Não é filho nosso, sequer é parente. Dorme agachada essa criatura. Fosse uma raridade, poderíamos despachá-la para algum zoológico. Claro, melhor é a liberdade urbana, entre outros bichos cloacais, nas calçadas escuras do nosso charmoso inverno sulista. O Minuano a lhe ninar. Encolhida, num canto (cadê o caminhão do lixo, a gente paga impostos pra quê, afinal?!). Porém é trabalhador. Estará dormindo o doce sono dos justos? A caixa de engraxate está ao lado. Amarrada em uma das mangas da sua blusa. Afinal, inclusive ela podemos tirar do guri.

Coisa comum. Coisa. Um nada ou um estorvo. Ainda não sei bem.
A cada dia, centenas dessas coisas a rebaixar estética urbana, a trazer expressões borradas à nossa arquitetura. Saco!
Hoje sou um dinossauro. Nasci no século passado (no milênio passado!). Acreditem ou não, vim ao mundo sem a ajuda da Internet! Provavelmente eu nunca compreenderei esta era autofágica.
Sou um monstro expurgado de algum museu. Que poderia dormir sentado, dentro da caixinha de lustrar sapatos daquele menino.

“Um mendigo é uma tragédia. Milhares de mendigos são apenas uma estatística.”

Sobre a "Causa Gay"

Breve Manifesto
sobre a Tolerância dos Comportamentos

( “-A liberdade de cada um termina onde começa a dos outros.
-Isso significa que eu não sou livre para ser homossexual?
-Isso significa que tu não tens o direito de me obrigar a considerá-lo como ‘normal’.” )

    Discretamente, o Congresso Nacional examina uma proposta de legislação voltada a garantias de um maior respeito às pluralidades étnicas, minorias sócio-culturais e para a diversidade sexual. A despeito do supedâneo democrático salutarmente a conduzir as nossas relações normativas, mister enfatizarmos dois aspectos jurídicos precipuamente restritivos ao edito:
I- Atinente às condutas homossexuais, a compulsória resignação (imposta, paradoxalmente, pela mordaça advinda de ventos liberais e a grita de propalados “direitos humanos”) por parte de todo brasileiro, não pode ser confundida com a concordância e o respaldo;
II- Há um risco intrínseco de antinomia a permear o mote da causa anti-homofóbica, pois para uma conjetural anuência pátria há que se analisar a linha tênue entre um ultraje público ao pudor (conforme as circunstâncias e o padrão-cultural presumível de uma localidade, estudo delicado para o complexo campo dos Crimes Contra os Costumes),por parte dos agentes tutelados, passando por elementos que abrangem até mesmo o lídimo cerceamento de instituições religiosas (por fulcro da prevalência de sua liberdade doutrinária, uma vez pacífica e ordeira, a qual implica prerrogativas tais como a seleção dos seus membros e a moderada admoestação contra práticas sexuais e condutas afins).

    Com efeito, a reprovação sobre opção sexual, quando não proferida ao escopo de conspurcar a honra, preliminarmente, encontra guarida nos próprios fatores objetivo e subjetivo da tipificação jurídica. Na razão teleológica do preceito penal, podemos contemplar similar teor na definição de Injúria (art.140 do Código Penal Brasileiro): “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.” E máxime pela majoração punitiva, no seu parágrafo terceiro: “Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.” (Grifo nosso.)

    Ademais, se ocasionalmente alguém poderia se sentir lesado em sua imagem, pelo fato de ser alvo de desaprovação em virtude de sua opção sexual, v.g., nas dependências de uma instituição religiosa cristã (credo de maior população, no mundo e no Brasil) em maior escala poderiam se sentir os disciplinados participantes daquela comunidade (porquanto, no decorrer de toda a Bíblia, não se encontra sequer uma só passagem a intuir simpatia para com a conduta homossexual). Por conseguinte, vale lembrarmos tal referência também como princípio norteador da moralidade pública da nação brasileira. E ainda que a República Federativa do Brasil seja um Estado democrático, de direito e oficialmente laico, não se podem ignorar a primazia da realidade e a ordem consuetudinária vigentes na maioria quase absoluta de sua população, devota a Jesus Cristo. Do contrário, poder-se-á evidenciar crime contra o sentimento religioso.
    Ao encontro desse silogismo, temos o corolário da preservação da ordem pública. Face à difícil tarefa de se distinguir, positivada e irretorquivelmente, uma manifestação de afetividade do toque voluptuoso, do beijo concupiscente e de considerável potencial lesivo ao senso comum -ainda que regional- de pudor. Inevitável que se verifique o ambiente presenciado, o cenário vivenciado pela compreensão mediana, pelos hábitos e decoro sintonizados com o perfil da “communis opinio”.

    Como repulsa exemplificada, temos o Ato Obsceno (art. 233 do CPB), configurado pela prática de ato contrário ao pudor em lugar público, aberto ou exposto ao público. Resumidamente, reflete-se isso em atitude contrária aos bons costumes e à moral pública, cuja inexatidão conceitual ou de mesura pode ser estabelecida pelo fundamento forense do “in dúbio pro mores”.
    A título de ilustração, citamos Sandro César Sell, mestre e doutorando em Direito pela UFSC, professor de Criminologia e Direito Penal: “Em julho de 2003, o casal homossexual João e Rodrigo beijou-se no hall do shopping Frei Caneca, em São Paulo. Segundo testemunhas, foi um beijo efêmero, um ‘selinho’. Mas os seguranças do shopping não gostaram e os repreenderam. Tal beijo constituiu ato obsceno? O shopping alegou que sim. A reprimenda ao beijo foi um ato discriminatório? O juiz assim o entendeu. E lembrou que se fosse um casal heterossexual a importunação dos seguranças não teria ocorrida (Nota nossa: não necessariamente, pois isso ocorreu num shopping em Porto Alegre, com igual desfecho, cerca de quatro anos antes.).

    Mas, e o pudor público? Certamente que chama mais a atenção um beijo entre dois homens (ou duas mulheres) do que entre um homem e uma mulher. E se os freqüentadores do shopping houvessem sentido repugnância? Que tipo penal é esse que depende do que dele os outros pensam?
    (...) O topless seria, talvez, ato obsceno numa piscina pública no interior catarinense, mas não o seria na Praia Mole, em Florianópolis.” (O que dizermos no restante deste extenso cadinho de miscigenações!)
    Não obstante ser um delito formal, isto é, independendo do resultado, o ato obsceno pode ser flagrado tecnicamente, como no beijo lascivo; andar o travesti com o corpo seminu (RT 637/280, 563/330; JTACRIM 97/30); relação homossexual oral (RJDTACRIM 21/83). Em suma, não importa se alguma pessoa viu, ou se ficou chocada com o ato.

    Finalmente, diante de tema tão grave, em que a moralidade em um país de dimensões continentais ora é arbitrada por um ‘lobby’ político, quase à revelia, sugerimos a declaração formal das instituições religiosas, provocada como deveres cívico e espiritual, de maneira a esclarecer o posicionamento de suas respectivas doutrinas, mormente por suas maiores probabilidades de atuação como porta-vozes fidedignos da coletividade brasileira e de seus valores culturais.
    Quando incorremos na ameaça iminente de instilarmos a alardeada homofobia no mesmo bojo do racismo, crime inafiançável e imprescritível, talvez sejam oportunas as ressalvas oriundas inclusive de legisladores simpatizantes da “causa gay”. Como aquelas emitidas no voto da Deputada Iara Bernardi, Relatora do Projeto de Lei Nº 2.279 de 2003, o qual tornaria contravenção penal o beijo lascivo entre pessoas do mesmo sexo em público, rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Diz ela: “É certo que o princípio da isonomia não proíbe de modo absoluto as diferenciações de tratamento, permitindo que se façam distinções objetivas e racionalmente justificáveis, bem como adequadas ao fim visado pela diferenciação. (...)De outro lado, a importunação ofensiva ao pudor poderá, eventualmente, caracterizar ato obsceno, atraindo a incidência do tipo previsto no artigo 233 do Código Penal, que se aplica a todos, independentemente de sua opção sexual.”