"NINGUÉM ESTÁ LIVRE DOS DEVANEIOS DE SUA ARTE,
OU DA CHINELADA DA LUCIDEZ ALHEIA." Cleberton O. Garmatz

"Estranhos dias os que vivemos, em que para se destacar em uma área, as pessoas se tornam imbecis nas demais." Cleberton
(Ai dos meus pares, que continuam medíocres em 100% delas...)
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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dias difíceis, questões amargas.

Se em Efésios (6:12) pontifica-se que a nossa luta não é contra a carne, mas contra principados espirituais, bem como se em Romanos (12:21) somos instados a combater o mal fazendo o bem, como medida de contrapeso, forçoso reconhecer que vivemos em organizações que incluem a intervenção física, até mesmo agressiva (ainda que como ato de amor, em Provérbios 13:24 e Atos 17:11), sob circunstâncias extremas de defesa legítima, indispensável para preservação de um bem maior.

Em um mundo que não pode prescindir da existência de policiais e soldados armados, para manutenção da ordem social, será que levantes infernais como o nazismo podem ser rechaçados tão somente com orações e braços pacíficos? Poderão o genocídio e o estupro coletivo de mulheres das minorias no Iraque e na Síria, o assassinato premeditado de 132 crianças - fuziladas por islamitas fanáticos, na frente dos professores, em uma escola em Peshawar, no Paquistão - ou a tirania silente das células terroristas ser combatidos apenas com direitos humanos, preces e tentativas diplomáticas?

Para ponderação conjunta, transcrevo a seguir alguns trechos da entrevista do escritor e cientista político Hamed Abdel-Samad (revista Veja, edição 2408, de 14/01/2015), que militou por dois anos na Irmandade Muçulmana.

“- O senhor já foi acusado de ser tão beligerante quanto os muçulmanos radicais ao dizer que o Islã político deve ser exterminado militarmente. A crítica faz sentido?

R= Só um ingênuo pode achar que um grupo como o Estado Islâmico pode ser derrotado com diálogo, ainda que de um lado esteja o papa e do outro os representantes dos extremistas. Não há conversa possível, porque eles não acreditam que a outra parte tem o direito de existir. Querem o poder total para controlar o mundo. A única opção é bombardeá-los e combatê-los com soldados. Apenas isso não solucionaria o problema, claro. Subjugá-los exige enfrentá-los pelo ar e por terra e, ao mesmo tempo, ter uma estratégia para lidar com o mundo árabe, como um novo Plano Marshall (feito para levantar a Europa arrasada após a Segunda Guerra).

Os pacifistas, que acreditam que a guerra não é a solução, precisam ver a situação concreta. Se os Estados Unidos não tivessem bombardeado os terroristas que se aproximavam da minoria religiosa dos vazidis em agosto, no Iraque, haveria um genocídio. Os soldados curdos não teriam conseguido impedir o avanço deles sem ajuda. Se esses pacifistas lessem História, aprenderiam que muita gente tentou negociar com Hitler, mas de nada adiantou.

Muitos dos alemães que me criticam hoje não existiriam se os americanos não tivessem desembarcado na Normandia e libertado a Alemanha dos nazistas. Obviamente, eu prefiro não ver uma gota de sangue sendo derramada. No mundo atual, contudo, há grupos como o Estado Islâmico, que degola inocentes, estupra meninas e dizima minorias. Não podemos só ficar fazendo correntes humanas e acendendo velas, achando que isso trará paz.

- O senhor já foi da Irmandade Muçulmana. Por que abandonou o grupo?

R= Meu pai é um imã (líder islâmico), e eu aprendi a declamar o Corão de memória. Na universidade, entrei para a Irmandade, atraído pelo mesmo sonho que o Estado Islâmico vende hoje, o de ser parte de uma revolução. É uma ideia muito sedutora. Durante dois anos, presenciei a lavagem cerebral que eles fazem. Em um dia muito quente, levaram-nos para um treinamento no deserto. Deram uma laranja a cada um de nós e pediram que andássemos até cair de cansaço e sede. Então nos mandaram sentar, ajoelhar e descascar a laranja. Foi um momento de êxtase. O chefe, porém, nos disse que devíamos enterrá-la e comer só a casca. Eu pensei: “Como assim? Ele só pode estar querendo me quebrar, tirar minha dignidade.” O objetivo é ensinar todos a obedecer cegamente.

Fazem essas coisas para que os homens não possam dizer “não”. Isso é perigoso. O meu próximo passo foi ir para a Europa, onde comecei a estudar o Islã do ponto de vista científico. Foi então que comecei a ver todas as contradições e a escrever sobre isso.”

EM TEMPO: Acerca da tolerância para com as falsas doutrinas (bem como religiões não cristãs), tão divulgada pelo discurso politicamente correto, sugiro um exame mais elaborado, com esteio de algumas advertências bíblicas.

“ Recomendo, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e põem obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles. Pois essas pessoas não estão servindo a Cristo, nosso Senhor, mas a seus próprios apetites. Mediante palavras suaves e bajulação, enganam o coração dos ingênuos.” Romanos 16:17-18

"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!” Mateus 7:15-20

“Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?

Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente?” 2 Coríntios 6:14-15

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

As Catástrofes do Excesso e da Omissão

- Em defesa da Pegida alemã!

“Dois extremos perigosos: só aceitar a razão e negar a razão.” Blaise Pascal

Tenho observado, na conduta popular, que um direito exercido sem regramentos se torna abuso, senão crime. Em paralelo, uma organização ou coletividade que se omite, em demonstrar e combater os excessos das liberdades em seu meio, torna-se conivente pelos resultados, ainda que desencadeados por atividade direta de outrem.

Tome-se o exemplo do direito de livre expressão. Por mais natural e evidente que ele possa parecer, ainda assim o seu exercício não é absoluto ou ilimitado (pelo menos, não na maioria dos estados democráticos). O direito de pensamento ou liberdade de opinião encontra alguns controles normativos, muitas vezes representados pela proibição do anonimato – para que seja assegurada a responsabilidade dos seus usuários, em torno do conteúdo de suas mensagens. Nesse sentido, por essa ressalva são associadas demais restrições, como a não permissão de apologia a ilicitudes.

Recentemente, essa premissa axiomática parece ser rejeitada por muitos setores sociais, quando o assunto é liberdade religiosa. Ora, de antemão é mister que seja novamente entronizado um fato universal, com premência, entre as mídias internacionais de civilizações democráticas, qual seja, que NEM TODO CREDO É PACÍFICO, logo, nem sempre poderemos celebrar um liame pleno de culturas, raças e ideologias, sob o manto isonômico da laicidade.

Por pragmatismo, podemos concatenar que nem todo muçulmano é terrorista, mas todo terrorista do novo milênio é muçulmano. Cristãos, budistas, judeus, taoístas, xintoístas, ritualistas africanos... Ninguém mais além de alguns fanáticos islâmicos foi capaz de explodir pessoas em nome de sua crença. Isso é fato.

Se é mais do que aceitável a proibição de propaganda nazista, por exemplo, por que não se toma idêntica postura empírica, contra o terrorismo disfarçado de religião, existente em alguns grupos de virulento fundamentalismo, como jihadistas e talibãs, sem falar no monstruoso Estado Islâmico?

Vejam que, enquanto no Brasil os evangélicos são constrangidos, acusados de “intolerantes”, “fanáticos homofóbicos”, tão apenas por lembrarem que na Bíblia foram registrados comportamentos considerados como depravação (pecado), em países do Oriente Médio os supostos pecadores são mortos, enforcados ou apedrejados.

Quantos 11 de setembro e Charlie Hebdo, afinal, serão necessários para convencer os teóricos do politicamente correto? Será sábio pechar de xenofobia, racismo e preconceito a cautela de algumas nações, na seleção mais criteriosa da imigração muçulmana?

Interessante refletirmos sobre outro fato, por analogia. No mundo científico, não há qualquer consternação ou nem sequer discussão ética sobre medidas profiláticas e barreiras sanitárias, adotadas com referência a pessoas oriundas de regiões estatisticamente afetadas por epidemias (vide o surto recente do Ébola). No campo da política (e dos academicismos de araque), contudo, a coisa sempre tende a nutrir certo viés libertário e contestador, um cinismo de ocasião. Sobejamente nos debates filosóficos e, por patogenia, na barafunda de uma pátria sem identidade, a hipocrisia faz carreira...