"NINGUÉM ESTÁ LIVRE DOS DEVANEIOS DE SUA ARTE,
OU DA CHINELADA DA LUCIDEZ ALHEIA." Cleberton O. Garmatz

"Estranhos dias os que vivemos, em que para se destacar em uma área, as pessoas se tornam imbecis nas demais." Cleberton
(Ai dos meus pares, que continuam medíocres em 100% delas...)
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pelo direito de criticar (tudo e todos)!

ATENÇÃO, PESSOAS: 
NEM TODA DISCORDÂNCIA É DESRESPEITO!
    Recentemente, o Papa Francisco pronunciou uma declaração à imprensa, que estarreceu e agradou sobejamente aos homossexuais. Segundo suas palavras, não seria ele a criticar os gays que, no seu modo, buscam a Deus.
     Eis um humanismo extremista, que dificilmente seria imaginado na boca de um representante da igreja católica. Carismático e popular, talvez na tentativa de conciliar (ou seria “arrebanhar”?) seculares com essa religião cristã, envolto a diversos movimentos sociais em tempos de globalismo, o líder da maior organização da Terra – em termos numéricos de participantes – deixou passar, s.m.j., cabal ocasião para ser coerente com a história do seu cargo.
     Antes que se pense ser esta uma detração ao catolicismo, chamo ao microfone algumas denominações que se consideram evangélicas, para a responsabilidade a qual, sob formas idênticas, tem sido negligenciada temerária e conjuntamente. Dito isso, aplacai-vos hostes sectárias, pois minha verborragia não possui alvo outro, senão o nosso múnus fraternal da excelência cristã.
    Afinal, reconheçamos, somos todos prejudicados (direta ou indiretamente, alguns mais do que outros) pelos atuais sopros do politicamente correto – quando eufemismos forjam discursos biônicos, expressões levianamente padronizadas em torno de um ideal contraditório e inconsistente, de que “todos têm razão”, “respeite tudo”, “não critique, pois todos têm direito a manifestar sua individualidade”, etc. Na prosa acadêmica, tal democracia áurea parece ser bastante convidativa. Quando ensaiada nas ruas, bem, a coisa pode ser um tanto mais complicada. 
     Sob risco de ser tomadas por obscurantistas, radicais e intransigentes, muitas lideranças tornam-se omissas, preferindo ser “flexíveis”, “abertas ao diálogo”, “boas conviventes com os opostos” a ser tachadas de fanáticas e intolerantes pelo dogmatismo. Insurjo-me! Veemente, eu me insurjo contra essa chantagem sofista, sistemática e hipocritamente imposta aos que creem na verdade bíblica!  Pois nem sempre confrontar ideias, de maneira franca e convicta,  significa desprezar os seus respectivos autores.  E mais, amar o próximo não equivale a aceitar incondicionalmente os seus defeitos, mas implica respeitar sua identidade, com as ressalvas que são inerentes ao direito universal de opinar valores (ademais, quem realmente ama cuida, procura o melhor para o destinatário do seu amor).
       Portanto, qual um Galileu –guardadas as abissais proporções – ao tribunal, não consigo reconhecer como logicamente sustentável esse engodo, a falácia de que discordar de alguém (seja por suas escolhas sexuais ou partidárias) significa militar pelo rebaixamento e ridicularização de sua imagem. Recuso-me a ser conivente com essa invertida caça às bruxas, na qual as pessoas que buscam agir de modo correto, perante os olhos do seu Deus, são oprimidas, alijadas do direito de expressar suas razões pacíficas e de até mesmo professar sua fé, ao fito de não ofender os sentimentos daqueles que não compartilham de seu credo.
       Concordo profundamente com o Papa Francisco, quando diz que não cabe a ele julgar os que estão, em pecado, buscando a Deus. Na verdade, não cabe a nenhum de nós, mortais, tal julgamento. Todavia, em minha crença – e é exatamente ela que estou a defender, como direito de crer em um sistema de normas morais altruístas porém limitadoras do comportamento humano – cabe a mim avaliar, conforme minha consciência e minha fé, se determinada atitude ou conduta é aprovada ou condenada por Aquele que deixou escrita a sua Palavra, claramente, para orientação de todos os que desejam adorá-lo e servi-lo.
       De fato, três das sentenças mais reproduzidas, durante os cultos evangélicos que presenciei em várias denominações, foram “Deus ama os pecadores, mas odeia os seus pecados”, “quem procura contemplar a todos acaba acolhendo o diabo” e “na igreja de Jesus Cristo, entre como você está, mas não saia como você está”.
         Ora, se fosse Deus o absurdo “Deus é Amor (que tudo aceita, pois ama demais as suas criaturas para censurá-las)”, então Jesus Cristo veio nos oferecer perdão pelo quê? Coitado, morreu por vacilo na cruz, não precisava, afinal, ninguém vai parar no inferno... Pelo menos essa deve ser a exegese teológica de “cristãos” pederastas, traficantes, golpistas, etc.
      Está evidente que não se trata de preconceito ou homofobia. Pois se a sociedade moderna quer aceitar como “normal” a homossexualidade, a prostituição, a embriaguez, o tabagismo, a mentira, o aborto, etc., isso é algo que eu não tenho como impedir. Faz parte da cultura, um processo de absorção dos costumes públicos; não depende de mim refrear um senso moral construído coletivamente pelo avançar do tempo. Entrementes, no momento em que se pretende dizer que tal praxe mundana é “aceitável” aos olhos de Jesus Cristo, isto é, que isso tudo é santo segundo as Sagradas Escrituras... Opa, alto lá, devagar com o andor. Estão fazendo um cálculo muito errado na lousa do colégio. Cabe sim, a qualquer cristão crente (que leva a Bíblia a sério) protestar. Do contrário, não demoraria para um grupo simpatizante do adultério e fornicação se levantar contra as recriminações desferidas em púlpito! (O Poder Judiciário pátrio seria soterrado por ações indenizatórias por “adulterofobia”!)
     Acuso, enfim, a relativização perniciosa dos princípios cristãos, de maneira a contaminar até mesmo as lideranças religiosas, ora intimidadas – até pior, convencidas – pelas vozes dos descontentes com a “versão ortodoxa” dos preceitos bíblicos. Deploro, consternadamente (mas não silenciosamente), essa fragilidade, pela falta de coragem em demonstrar o amor divino que acolhe, limpa, trata, corrige e restaura as ovelhas perdidas.  Parece que o homem moderno está se revelando incapaz de aceitar um código imutável, porquanto a ordem mundial é a de que tudo na vida é transitivo, “negociável”... Sim, certamente que este século deseja repaginar, atualizar a edição original da Palavra de Deus. Mas ainda que intente tal abominação, quanto a mim, EU NÃO REJEITAREI JESUS CRISTO EM MINHA VIDA !
                    Cleberton Oliveira Garmatz
"Sede santos, porque eu sou santo." 1 Pedro 1:16
"(...)vai-te, e não peques mais." João 8:11

Curiosidade: sabe qual é o centro exato da Bíblia, o ponto correspondente à metade dos livros nela reunidos? Leia Salmos 118:8

(Após, aproveite para refletir sobre Levítico 18:22 e 20:13; Romanos 1:24-32 e 1 Coríntios 6:9-12.)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

OS DETALHES, O PEQUENO E O POUCO


Reflita acerca disto: você recusaria ser proprietário(a) de uma cintilante Ferrari, que acaba de sair da fábrica, porque 2% dela são diferentes das demais? Ou então consideraria como inconfiável, um supercomputador que responde corretamente 9.999 de 10.000 perguntas quaisquer?
Quando observo a mim mesmo (nas raras vezes em que consigo estômago), tento disfarçar certo nervosismo, engolindo em seco o breve desespero que me assalta. Minha imperfeição é algo nauseabundo, provocando-me dor, indignação, tristeza e raiva! Ainda que eu ficasse um dia inteiro encerrado no quarto, sem fazer mal algum às pessoas, ao final sentiria uma vergonha esmagadora – pois novamente teria deixado de fazer o bem ao meu alcance. Tenham assim uma vaga noção, apenas, sobre as dimensões do meu desconforto, quando reconheço que TODOS OS DIAS eu deixo de fazer o meu melhor, de ser exemplo motivador aos demais - diariamente eu fracasso, em meu compromisso de praticar aquilo que eu já estou sobrecarregado de teorizar. Enfim... Quando eu sou alvejado pela montanha de incompetência aqui abrigada... Neste desperdício de recursos que leva o meu nome... Caramba, eu realmente fico extasiado, tão somente ao imaginar a felicidade em ser 30% menos tosco. Meu contentamento beira uma fantasia escapista, alienação fugaz que anestesia as mazelas de ser a criatura diante do espelho. Satisfação tão efêmera como um orgasmo memorável. Pois logo sou esbofeteado, achincalhado e esculachado pelo despertar da besta-fera consciência. Ah, o peso de seus vereditos sobre a corcunda de minha parca moral!
Como sou patético... Eu cá me esvurmando a alma, cabelos desgrenhados e expressão grave, para aborrecimento, desdém e sonolência de meus dois ou três leitores. Basta (seu bosta)! Em preito à minha amada plateia de indiferentes, enforco o trololó. Avante, com a devida atenção às excelsas frugalidades do cotidiano, sigamos o protocolo: providencio, finalmente, voz ao leitor, na coerência que poucos lunáticos-de-amarrar ousam nestes dias suspeitos.  Você, querido Tibúrcio/estimada Pafúncia, deve ter respondido negativamente ao questionário que inaugura essa insensatez. Refaço-o, pois, com as alterações (im)pertinentes: E se os 2% da reluzente Ferrari estivessem ocultos? Ainda, nesse caso, tardiamente fossem encontrados no complexo sistema de frenagem do bólido italiano? (...) Quanto ao supercomputador, máquina notável que parece tudo conhecer e não é a minha esposa, bem, que tal supormos que a única pergunta que ela não soube responder de modo escorreito foi... “Você sempre diz a verdade?”
Vamos nos poupar. Talvez essa lenga-lenga seja amordaçada pela obviedade sinótica – tudo isso para lembrarmos que, em muitas ocasiões capitais de nossas vidas, “quase” não é o suficiente. Não importa o quanto tenhamos lutado e progredido. Ao final, de nada adiantará ter sido “quase salvo”, “quase vencedor”, “quase honesto”, “quase sobrevivente”, “quase bíblico”, “quase obediente”, “quase fiel”, “quase santo”.
Observe as pequenas coisas, os detalhes intrigantes em tudo ao nosso redor. Menos de 2% do nosso DNA humano nos separa dos chimpanzés. Somos bilhões de criaturas singulares, todas parecidas e diferentes a um só tempo. Sim, Deus espalhou suas digitais mundo afora, sutilezas que gritam, assinaturas geniais do Incompreensível. E saiba que, em mais vezes do que se imagina, o pouco é decisivo.

(Acordo de madrugada, transpirando e agitado, com o trovão suavemente rompido em minha mente: “Um pouco mais de coragem. Um pouco mais de esforço. Um pouco... Um pouco mais para  não continuar como pouco.”)
CLEBERTON (Xexéu) apoia:   www.mudeumavida.org.br     (filiado aoACTIONAID)