"NINGUÉM ESTÁ LIVRE DOS DEVANEIOS DE SUA ARTE,
OU DA CHINELADA DA LUCIDEZ ALHEIA." Cleberton O. Garmatz

"Estranhos dias os que vivemos, em que para se destacar em uma área, as pessoas se tornam imbecis nas demais." Cleberton
(Ai dos meus pares, que continuam medíocres em 100% delas...)
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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Leia isto!!!

CIDADÃOS DO CÉU
(Este texto - de autoria desconhecida - foi escrito por volta do ano 200, em Alexandria, e mostra como os cristãos eram vistos por seus contemporâneos.)

“Os cristãos não tem nada de diferente, comparados aos outros homens: nem as comunidades nas quais eles moram, nem a língua que falam, nem as roupas que vestem. Eles não vivem em locais apartes nem utilizam uma linguagem particular. Sua vida é normal... Eles estão espalhados nas cidades gregas ou bárbaras, vivendo segundo as condições de cada uma delas, e adaptando-se aos costumes do lugar no que diz respeito às vestimentas, à alimentação, à maneira de viver. Mas ao mesmo tempo eles seguem leis extraordinárias, que podem parecer paradoxais, de sua república espiritual.
Os cristãos residem cada um em sua pátria, mas permanecem nela como estrangeiros que ali moram. Participam de tudo, como cidadãos, mas suportam todos os encargos como estrangeiros. Toda terra estrangeira é para eles uma pátria e toda pátria é terra estrangeira.
Eles se casam como todo mundo, tem filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. São feitos de carne, mas não vivem segundo a carne.
Eles passam a vida na Terra, mas são cidadãos do céu. Obedecem às leis vigentes, mas por sua maneira de viver são vitoriosos sobre as leis. Eles amam todos os homens, mas todos os perseguem. Eles são desrespeitados, são condenados e mortos: e é nesse momento que ganham a vida. Eles são pobres, mas todos enriquecem à sua custa. Não tem nada, mas possuem tudo. Encontram sua glória no desprezo e sua justificam na calúnia. Eles bendizem os que os insultam, honram os que os ultrajam.
Eles, que só fazem o bem, são punidos como celerado, mas se regozijam no castigo, pois isso os faz nascer para a vida.
Numa palavra, o que a alma é no corpo, os cristãos são no mundo. A alma está na verdade distribuída como uma semente em todas as partes do corpo, como os cristãos que moram em todas as cidades do mundo. A alma mora no corpo mas não é de modo algum corpo. Assim são os cristãos, que vivem no mundo mas não fazem parte dele.”

Paradas Vitais
Na sala de espera,
a vida passa
a perna no tempo.
É quando você repara, sem graça,
no calendário rápido e lento.


Escrivaninha
Folhas em branco,
alvas e inefáveis
como o meu banzo.
Oboés perdidos, palavras banidas
que assim eu canto.


Um Segundo Contigo
Voa, suave, solta,
escapando do varal,
aquela nossa velha colcha.
Quando crescer,
e que não seja logo,
quero morar nesta vizinhança.
Deitarei ao teu colo
para lembrar de quando criança.



Hannah
Um polvo na minha banheira,
com seu tentáculo
abre a torneira.
Nas janelas, o espetáculo
de pandorgas em ardil.
Tudo porque hoje,
ao me ver, ela sorriu.


Seis Meses
Inocente.
Candura.
Angelical.
Loucura.
Filhinho que dorme em meus braços.


Urubus
As asas
sobre as casas
em brasas.
Moro no morro
onde todos os dias
eu morro.


Dá pra trocar?
Ah, se pudesse,
um americano.
Ah, se crescesse,
republicano.
Não dá não, Zé.
Tu és brasileiro e provinciano.


Primeiro Beijo
Bélicos
lábios
psicodélicos.


Cartão Postal
Há tanto para dizer, querida,
que não traduzo em frases.
Tais sentimentos não cabem na escrita
gravada com erros graves.
Emocionado, em lágrimas me tranco.
Logo, não me censures, meu bem,
pelo singelo cartão em branco.


Absorto
Quietude plena. Eu e minhas velhas botas.
E o trem perdido que não vinha.
Cidade abandonada. Mastigo bergamotas.
Solto um peido. Nenhuma companhia.


Constatação (às cinco da madrugada)
Ninguém está imune
à grandiosidade de suas próprias idéias
e à chinelada da maturidade alheia.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

OLÁ !

MAIS DO MESMO (O discurso é empolado, mas não chega a assustar.)
Este espaço quase invisível é uma tentativa de compulsar lembretes e impressões, que por precipitação compartilho com quaisquer visitantes. A despeito de minha estultice patológica, procuro burilar certo tirocínio (assim exposto à interação dialética), substrato ardido de um órfão existencialista, atribulado por cagadas acachapantes.
Na licença da improvisada digressão, apresento-me como um animal que aos nove anos de idade buscou compreender a Bíblia, por interesse próprio. Vida que segue, esmerou-se em interpelar peregrinos de vicissitudes axiológicas: catolicismo, candomblé, kardecismo, zen-budismo, islamismo, taoísmo, confucionismo, filosofia... Decorridas algumas décadas, ainda me surpreende a ínfima relevância que a maioria ocidental destina, na pragmática do cotidiano, a questões ditas abstratas ou metafísicas, amiúde relegadas a rituais e idiossincrasias de credo.
Tal pastiche de muitas(?) leituras e observações empíricas, diuturnamente influenciado pelo móvel da ponderação, revela-se com alguma fragilidade, algo transitório e anímico. Espeque serôdio – senão írrito e pernóstico em seu gongorismo - de um manifesto fundo de quintal, como protesto a detratores soslaios da espiritualidade bíblica. Afinal, quando o mundo é bombardeado de sofismas capciosos, aleivosias espúrias, despautérios e protoacademicismos a par da beleza profunda das Escrituras Sagradas; quando os valores fundamentais da reflexão moral são rechaçados qual moeda podre pela ignomínia do "orbe canem"... Resta o levante da boa fé, pacífico e ordeiro, a protagonizar uma resistência premente no tecido social, não como bastião ou paladino de institutos erigidos por organizações humanas – naturalmente corruptíveis, portanto – e sim em corolário ao estarrecedor descalabro planetário.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

TEOSÓFICA

Cercado, fortalecido, imbuído do Bem.
(“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”)

O que receio (...) a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Porém, um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.
Na solitude da floresta, densa e muda, quase a intimidar. Nos minutos que precedem uma hemodiálise, um parto, uma quimioterapia. Observa.
A chuva forte, gélida, advinda de nuvens ruidosas, muito escuras.
Quando somos agredidos e a raiva cede, inexplicavelmente (contrariando as estatísticas do nosso histórico), à razão de cima. Mansidão supra-holística, gigantesca, que arrebata, acolhe.
Há uma volição inominada pelos céticos, êxtase que perdura na coletividade das tendas acampadas em reduto santo. Então percebes o Criador visitar teu corpo, mente e espírito; choras por contentamento. Epifania!
Brinca com Ele, estás em segurança e júbilo. Não resta qualquer mácula ou dor; transborda a paz radiante, brisa que afaga teu rosto álacre.

SE DEUS VESTE ASSIM A ERVA DO CAMPO, QUE HOJE EXISTE E AMANHÃ É LANÇADA AO FOGO, NÃO VESTIRÁ MUITO MAIS A VOCÊS, HOMENS DE PEQUENA FÉ? (Mateus 6:30)
NÃO TE DEIXES VENCER PELO MAL, MAS VENCE O MAL COM O BEM. (Romanos 12:21)
AS MINHAS OVELHAS OUVEM A MINHA VOZ. (João 10:27)
ESTE É O CULTO RACIONAL DE VOCÊS. NÃO SE AMOLDEM AO PADRÃO DESTE MUNDO, MAS TRANSFORMEM-SE PELA RENOVAÇÃO DA SUA MENTE, PARA QUE SEJAM CAPAZES DE EXPERIMENTAR E COMPROVAR A BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA VONTADE DE DEUS (Romanos 12:1-2)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

PARA ME OUVIR (da série "tem gosto pra tudo...")

Buenas, cambada, segue o endereço para os incautos conferirem algumas gravações deste que vos escreve (boa parte delas flerta com o ritmo eletronic dance, composta no computador):
www.myspace.com/clebertonxexeu

What a f.?!


QUEM É A TRIBO ANACRÔNICA

Intui-se, apenas um grupo de poucas almas anônimas, dispersas em um mundo estranho. Criaturas anfóteras, acuadas pela artificialidade das relações, pelos signos igualmente rasos das grandes massas, máxime do canhestro viés do consumismo autofágico, da tecnologia e solitude galopantes. (E o prazer, por que não dura? E a minha felicidade, onde foi parar essa malvada?) Como sói em sua rotina sufocante, provavelmente essas crianças sejam capturadas por desconhecida taxionomia - atavismo ou resquício de uma subcultura lírica soterrada pela demanda fugaz; ilhéus ou exploradores perdidos, neoclássicos remanescentes de uma mítica belle epòque.

(?!) E na prática, de que estirpe de imbecis estamos nos referindo? Difícil restringí-los a uma depreensão. Gostam de escrever ao som de "Crash Test Dummies", "Brian Ferry", "Cocteau Twins" e outras cafonices. Apreciam as florestas e praias desertas. Amam os livros, os filmes e as atividades esportivas. Idolatram o bem, cujo ícone-mor é Jesus Cristo, mas padecem de paixões proibidas (contradições patéticas e velados escapismos). São detratores contumazes e bem humorados de si próprios. Filósofos sem diploma, religiosos sem cacife. Oradores desprovidos de facúndia, escritores diletantes. Arquetípicos: insones artistas mutilados de talento.

Destituídos de razão ou sequer do esforço recompensado a longo prazo, tais energúmenos imbricam-se em jaez paradoxal, ora ordinário por seus misteres, ora incomum pela tônica de suas deprecações. Enfim, essa é uma tribo ou clã de sonhadores incorrigíveis, lamentavelmente.