“Na verdade falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.” (Jó 42:3)
Experimento importante passo, na jornada da fé. Como lânguida alvorada, uma claridade sutil afaga a névoa do orvalho dentro de mim. “Porque eu sei que o meu Redentor vive.” Quase intuitivamente, agito-me em remover obstáculos no curso dessa luminosidade. Revejo conceitos e pontos de vista, arremesso entulhos, tento limpar o terreno. Com premência, é necessário menos de mim (ou do mundo).
Ansioso pelo socorro... Mas no silêncio Ele também trabalha.
(...)
Enfrentava problemas, com uma pequena sucessão de desertos. Já me sentindo um papagaio, a repetir sempre as mesmas orações (teria deixado de dialogar com o meu amigo Jesus?) – a maioria delas, convergindo no desejo de um relacionamento real com Deus e de que eu fosse um servo fiel. O que parecia ser uma crise culminou no dia do meu aniversário: pedindo por soluções, sentindo-me um pequeno fracassado de quarenta anos, recebo mais um problema (e uma parada indigesta, por sinal). Parecia cena de comédia, não fosse o dissabor profundo. Algo do tipo: uma sequência de desconcertos, olho para cima, com ares de súplica veemente. Câmera enquadra o rosto do panaca. E o que vem é apenas um cagado de pombo em sua testa.
Foi quando tudo parecia dar errado, e a ajuda da cavalaria estava cada vez mais remota. No silêncio, sem testemunhas, mansa e discretamente. A epifania encontra a casa desarrumada, portas escancaradas, varão abatido. “As coisas deste mundo... São para este mundo!”
SENHOR JESUS CRISTO, no dia ruim em que eu me desgarrar dos teus santos, seja a tua luz a me resgatar, pois sou teu, integral e irreversivelmente teu. Vem, meu Redentor, na grande noite sombria de minha alma, pegar-me em teus braços, tirar-me das profundezas frias e escuras do inferno em que eu me encontrar. Pois aquele que um dia aceitou ser salvo por tua graça, ofertada pelo sangue excelso na cruz, esse o Pai não negará em sua morada. “Apesar de tudo, estou pronto para perdoar em qualquer hora que seja.”
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