MAIS DO MESMO (O discurso é empolado, mas não chega a assustar.)
Este espaço quase invisível é uma tentativa de compulsar lembretes e impressões, que por precipitação compartilho com quaisquer visitantes. A despeito de minha estultice patológica, procuro burilar certo tirocínio (assim exposto à interação dialética), substrato ardido de um órfão existencialista, atribulado por cagadas acachapantes.
Na licença da improvisada digressão, apresento-me como um animal que aos nove anos de idade buscou compreender a Bíblia, por interesse próprio. Vida que segue, esmerou-se em interpelar peregrinos de vicissitudes axiológicas: catolicismo, candomblé, kardecismo, zen-budismo, islamismo, taoísmo, confucionismo, filosofia... Decorridas algumas décadas, ainda me surpreende a ínfima relevância que a maioria ocidental destina, na pragmática do cotidiano, a questões ditas abstratas ou metafísicas, amiúde relegadas a rituais e idiossincrasias de credo.
Tal pastiche de muitas(?) leituras e observações empíricas, diuturnamente influenciado pelo móvel da ponderação, revela-se com alguma fragilidade, algo transitório e anímico. Espeque serôdio – senão írrito e pernóstico em seu gongorismo - de um manifesto fundo de quintal, como protesto a detratores soslaios da espiritualidade bíblica. Afinal, quando o mundo é bombardeado de sofismas capciosos, aleivosias espúrias, despautérios e protoacademicismos a par da beleza profunda das Escrituras Sagradas; quando os valores fundamentais da reflexão moral são rechaçados qual moeda podre pela ignomínia do "orbe canem"... Resta o levante da boa fé, pacífico e ordeiro, a protagonizar uma resistência premente no tecido social, não como bastião ou paladino de institutos erigidos por organizações humanas – naturalmente corruptíveis, portanto – e sim em corolário ao estarrecedor descalabro planetário.
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