CIDADÃOS DO CÉU
(Este texto - de autoria desconhecida - foi escrito por volta do ano 200, em Alexandria, e mostra como os cristãos eram vistos por seus contemporâneos.)
“Os cristãos não tem nada de diferente, comparados aos outros homens: nem as comunidades nas quais eles moram, nem a língua que falam, nem as roupas que vestem. Eles não vivem em locais apartes nem utilizam uma linguagem particular. Sua vida é normal... Eles estão espalhados nas cidades gregas ou bárbaras, vivendo segundo as condições de cada uma delas, e adaptando-se aos costumes do lugar no que diz respeito às vestimentas, à alimentação, à maneira de viver. Mas ao mesmo tempo eles seguem leis extraordinárias, que podem parecer paradoxais, de sua república espiritual.
Os cristãos residem cada um em sua pátria, mas permanecem nela como estrangeiros que ali moram. Participam de tudo, como cidadãos, mas suportam todos os encargos como estrangeiros. Toda terra estrangeira é para eles uma pátria e toda pátria é terra estrangeira.
Eles se casam como todo mundo, tem filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. São feitos de carne, mas não vivem segundo a carne.
Eles passam a vida na Terra, mas são cidadãos do céu. Obedecem às leis vigentes, mas por sua maneira de viver são vitoriosos sobre as leis. Eles amam todos os homens, mas todos os perseguem. Eles são desrespeitados, são condenados e mortos: e é nesse momento que ganham a vida. Eles são pobres, mas todos enriquecem à sua custa. Não tem nada, mas possuem tudo. Encontram sua glória no desprezo e sua justificam na calúnia. Eles bendizem os que os insultam, honram os que os ultrajam.
Eles, que só fazem o bem, são punidos como celerado, mas se regozijam no castigo, pois isso os faz nascer para a vida.
Numa palavra, o que a alma é no corpo, os cristãos são no mundo. A alma está na verdade distribuída como uma semente em todas as partes do corpo, como os cristãos que moram em todas as cidades do mundo. A alma mora no corpo mas não é de modo algum corpo. Assim são os cristãos, que vivem no mundo mas não fazem parte dele.”
(Este texto - de autoria desconhecida - foi escrito por volta do ano 200, em Alexandria, e mostra como os cristãos eram vistos por seus contemporâneos.)
“Os cristãos não tem nada de diferente, comparados aos outros homens: nem as comunidades nas quais eles moram, nem a língua que falam, nem as roupas que vestem. Eles não vivem em locais apartes nem utilizam uma linguagem particular. Sua vida é normal... Eles estão espalhados nas cidades gregas ou bárbaras, vivendo segundo as condições de cada uma delas, e adaptando-se aos costumes do lugar no que diz respeito às vestimentas, à alimentação, à maneira de viver. Mas ao mesmo tempo eles seguem leis extraordinárias, que podem parecer paradoxais, de sua república espiritual.
Os cristãos residem cada um em sua pátria, mas permanecem nela como estrangeiros que ali moram. Participam de tudo, como cidadãos, mas suportam todos os encargos como estrangeiros. Toda terra estrangeira é para eles uma pátria e toda pátria é terra estrangeira.
Eles se casam como todo mundo, tem filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. São feitos de carne, mas não vivem segundo a carne.
Eles passam a vida na Terra, mas são cidadãos do céu. Obedecem às leis vigentes, mas por sua maneira de viver são vitoriosos sobre as leis. Eles amam todos os homens, mas todos os perseguem. Eles são desrespeitados, são condenados e mortos: e é nesse momento que ganham a vida. Eles são pobres, mas todos enriquecem à sua custa. Não tem nada, mas possuem tudo. Encontram sua glória no desprezo e sua justificam na calúnia. Eles bendizem os que os insultam, honram os que os ultrajam.
Eles, que só fazem o bem, são punidos como celerado, mas se regozijam no castigo, pois isso os faz nascer para a vida.
Numa palavra, o que a alma é no corpo, os cristãos são no mundo. A alma está na verdade distribuída como uma semente em todas as partes do corpo, como os cristãos que moram em todas as cidades do mundo. A alma mora no corpo mas não é de modo algum corpo. Assim são os cristãos, que vivem no mundo mas não fazem parte dele.”