ATENÇÃO, PESSOAS:
NEM TODA DISCORDÂNCIA É DESRESPEITO!
NEM TODA DISCORDÂNCIA É DESRESPEITO!
Recentemente,
o Papa Francisco pronunciou uma declaração à imprensa, que estarreceu e agradou
sobejamente aos homossexuais. Segundo suas palavras, não seria ele a criticar
os gays que, no seu modo, buscam a Deus.
Eis
um humanismo extremista, que dificilmente seria imaginado na boca de um representante
da igreja católica. Carismático e popular, talvez na tentativa de conciliar (ou
seria “arrebanhar”?) seculares com essa religião cristã, envolto a diversos
movimentos sociais em tempos de globalismo, o líder da maior organização da
Terra – em termos numéricos de participantes – deixou passar, s.m.j., cabal
ocasião para ser coerente com a história do seu cargo.
Antes
que se pense ser esta uma detração ao catolicismo, chamo ao microfone algumas
denominações que se consideram evangélicas, para a responsabilidade a qual, sob
formas idênticas, tem sido negligenciada temerária e conjuntamente. Dito isso,
aplacai-vos hostes sectárias, pois minha verborragia não possui alvo outro,
senão o nosso múnus fraternal da excelência cristã.
Afinal,
reconheçamos, somos todos prejudicados (direta ou indiretamente, alguns mais do
que outros) pelos atuais sopros do politicamente correto – quando eufemismos
forjam discursos biônicos, expressões levianamente padronizadas em torno de um
ideal contraditório e inconsistente, de que “todos têm razão”, “respeite tudo”,
“não critique, pois todos têm direito a manifestar sua individualidade”, etc.
Na prosa acadêmica, tal democracia áurea parece ser bastante convidativa.
Quando ensaiada nas ruas, bem, a coisa pode ser um tanto mais complicada.
Sob
risco de ser tomadas por obscurantistas, radicais e intransigentes, muitas
lideranças tornam-se omissas, preferindo ser “flexíveis”, “abertas ao diálogo”,
“boas conviventes com os opostos” a ser tachadas de fanáticas e intolerantes
pelo dogmatismo. Insurjo-me! Veemente, eu me insurjo contra essa chantagem
sofista, sistemática e hipocritamente imposta aos que creem na verdade bíblica! Pois nem sempre confrontar ideias, de maneira
franca e convicta, significa desprezar os
seus respectivos autores. E mais, amar o
próximo não equivale a aceitar incondicionalmente os seus defeitos, mas implica
respeitar sua identidade, com as ressalvas que são inerentes ao direito
universal de opinar valores (ademais, quem realmente ama cuida, procura o
melhor para o destinatário do seu amor).
Portanto,
qual um Galileu –guardadas as abissais proporções – ao tribunal, não consigo
reconhecer como logicamente sustentável esse engodo, a falácia de que discordar
de alguém (seja por suas escolhas sexuais ou partidárias) significa militar
pelo rebaixamento e ridicularização de sua imagem. Recuso-me a ser conivente
com essa invertida caça às bruxas, na qual as pessoas que buscam agir de modo
correto, perante os olhos do seu Deus, são oprimidas, alijadas do direito de
expressar suas razões pacíficas e de até mesmo professar sua fé, ao fito de não
ofender os sentimentos daqueles que não compartilham de seu credo.
Concordo
profundamente com o Papa Francisco, quando diz que não cabe a ele julgar os que
estão, em pecado, buscando a Deus. Na verdade, não cabe a nenhum de nós,
mortais, tal julgamento. Todavia, em minha crença – e é exatamente ela que
estou a defender, como direito de crer em um sistema de normas morais
altruístas porém limitadoras do comportamento humano – cabe a mim avaliar,
conforme minha consciência e minha fé, se determinada atitude ou conduta é
aprovada ou condenada por Aquele que deixou escrita a sua Palavra, claramente,
para orientação de todos os que desejam adorá-lo e servi-lo.
De fato, três das sentenças mais reproduzidas, durante
os cultos evangélicos que presenciei em várias denominações, foram “Deus ama os
pecadores, mas odeia os seus pecados”, “quem procura contemplar a todos acaba
acolhendo o diabo” e “na igreja de Jesus Cristo, entre como você está, mas não
saia como você está”.
Ora,
se fosse Deus o absurdo “Deus é Amor (que tudo aceita, pois ama demais as suas
criaturas para censurá-las)”, então Jesus Cristo veio nos oferecer perdão pelo
quê? Coitado, morreu por vacilo na cruz, não precisava, afinal, ninguém vai
parar no inferno... Pelo menos essa deve ser a exegese teológica de “cristãos”
pederastas, traficantes, golpistas, etc.
Está
evidente que não se trata de preconceito ou homofobia. Pois se a sociedade
moderna quer aceitar como “normal” a homossexualidade, a prostituição, a
embriaguez, o tabagismo, a mentira, o aborto, etc., isso é algo que eu não
tenho como impedir. Faz parte da cultura, um processo de absorção dos costumes
públicos; não depende de mim refrear um senso moral construído coletivamente
pelo avançar do tempo. Entrementes, no momento em que se pretende dizer que tal
praxe mundana é “aceitável” aos olhos de Jesus Cristo, isto é, que isso tudo é
santo segundo as Sagradas Escrituras... Opa, alto lá, devagar com o andor.
Estão fazendo um cálculo muito errado na lousa do colégio. Cabe sim, a qualquer
cristão crente (que leva a Bíblia a sério) protestar. Do contrário, não
demoraria para um grupo simpatizante do adultério e fornicação se levantar
contra as recriminações desferidas em púlpito! (O Poder Judiciário pátrio seria
soterrado por ações indenizatórias por “adulterofobia”!)
Acuso,
enfim, a relativização perniciosa dos princípios cristãos, de maneira a
contaminar até mesmo as lideranças religiosas, ora intimidadas – até pior,
convencidas – pelas vozes dos descontentes com a “versão ortodoxa” dos
preceitos bíblicos. Deploro, consternadamente (mas não silenciosamente), essa fragilidade,
pela falta de coragem em demonstrar o amor divino que acolhe, limpa, trata,
corrige e restaura as ovelhas perdidas.
Parece que o homem moderno está se revelando incapaz de aceitar um
código imutável, porquanto a ordem mundial é a de que tudo na vida é
transitivo, “negociável”... Sim, certamente que este século deseja repaginar, atualizar
a edição original da Palavra de Deus. Mas ainda que intente tal abominação,
quanto a mim, EU NÃO
REJEITAREI JESUS CRISTO EM MINHA VIDA !
Cleberton
Oliveira Garmatz
"Sede santos, porque eu sou santo." 1 Pedro 1:16
"(...)vai-te, e não peques mais." João 8:11
Curiosidade: sabe qual é o centro exato da Bíblia, o ponto correspondente à metade dos livros nela reunidos? Leia Salmos 118:8
"(...)vai-te, e não peques mais." João 8:11
Curiosidade: sabe qual é o centro exato da Bíblia, o ponto correspondente à metade dos livros nela reunidos? Leia Salmos 118:8
(Após, aproveite para
refletir sobre Levítico 18:22 e 20:13; Romanos 1:24-32 e 1 Coríntios 6:9-12.)