"NINGUÉM ESTÁ LIVRE DOS DEVANEIOS DE SUA ARTE,
OU DA CHINELADA DA LUCIDEZ ALHEIA." Cleberton O. Garmatz

"Estranhos dias os que vivemos, em que para se destacar em uma área, as pessoas se tornam imbecis nas demais." Cleberton
(Ai dos meus pares, que continuam medíocres em 100% delas...)
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sábado, 28 de fevereiro de 2009


Paradas Vitais
Na sala de espera,
a vida passa
a perna no tempo.
É quando você repara, sem graça,
no calendário rápido e lento.


Escrivaninha
Folhas em branco,
alvas e inefáveis
como o meu banzo.
Oboés perdidos, palavras banidas
que assim eu canto.


Um Segundo Contigo
Voa, suave, solta,
escapando do varal,
aquela nossa velha colcha.
Quando crescer,
e que não seja logo,
quero morar nesta vizinhança.
Deitarei ao teu colo
para lembrar de quando criança.



Hannah
Um polvo na minha banheira,
com seu tentáculo
abre a torneira.
Nas janelas, o espetáculo
de pandorgas em ardil.
Tudo porque hoje,
ao me ver, ela sorriu.


Seis Meses
Inocente.
Candura.
Angelical.
Loucura.
Filhinho que dorme em meus braços.


Urubus
As asas
sobre as casas
em brasas.
Moro no morro
onde todos os dias
eu morro.


Dá pra trocar?
Ah, se pudesse,
um americano.
Ah, se crescesse,
republicano.
Não dá não, Zé.
Tu és brasileiro e provinciano.


Primeiro Beijo
Bélicos
lábios
psicodélicos.


Cartão Postal
Há tanto para dizer, querida,
que não traduzo em frases.
Tais sentimentos não cabem na escrita
gravada com erros graves.
Emocionado, em lágrimas me tranco.
Logo, não me censures, meu bem,
pelo singelo cartão em branco.


Absorto
Quietude plena. Eu e minhas velhas botas.
E o trem perdido que não vinha.
Cidade abandonada. Mastigo bergamotas.
Solto um peido. Nenhuma companhia.


Constatação (às cinco da madrugada)
Ninguém está imune
à grandiosidade de suas próprias idéias
e à chinelada da maturidade alheia.

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